Será o Brasil um especialista em segurança?

Pensando na nossa segurança interna e principalmente analisando-a através de números (quantidade de assassinatos, assaltos e roubos de todos os tipos, violência contra as mulheres e as crianças, aumento na quantidade de carros blindados, etc.), é claro que a resposta é um não bastante sonoro ao título desse artigo. Esse tipo de segurança diz respeito a responsabilidade do estado para com o cidadão e nesse quesito, nós, os cidadãos, estamos em completa desvantagem.

Por outro lado, é desconhecido de muitos de nós que que o Brasil exporta segurança, porém, dessa vez, produtos, serviços e tecnologias de segurança. Não nos lembramos de termos visto em nenhum veículo de comunicação local a notícia que entre os dias 19 e 23 de fevereiro último, dezoito empresas brasileiras participaram da Idex 2017, acrônimo para Internacional Defense Exhibition and Conference, na cidade de Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes.

Se você não sabia disso, provavelmente não sabe também que o Brasil é o líder no fornecimento de armamentos letais e não letais, veículos blindados e aviões para o Oriente Médio.

A participação das empresas foi organizada pela Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE). Junto com elas, participou também do evento o Ministro da Defesa, juntamente com a Embraer que é uma das maiores empresas aeroespaciais de todo o mundo.

A ideia da participação na Idex foi a de aumentar a presença dessas empresas na região através da exposição de produtos e serviços, tais como: sistemas de controle e comando e aeronaves não tripuladas, mais conhecidas como drones. Uma outra intenção foi a de aumento na participação no mercado do Oriente Médio através do estabelecimento de parcerias com representantes locais.

De acordo com um relatório recente do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, o Brasil exportou cerca de $146.7 milhões em produtos de defesa e segurança para o mundo Árabe em 2016, um crescimento de 14% em relação a 2015.

Michel Alaby, CEO da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, disse antes do evento: “O Oriente Médio tem sido um mercado chave para as empresas brasileiras que oferecem soluções em defesa e segurança. O evento será a plataforma perfeita para a conquista de novos clientes, para a demonstrações ao vivo de nossas soluções a para a obtenção de insights sobre as mais atuais tecnologias e produtos demandados na região”.

As empresas que foram ao evento representaram as indústrias de: engenharia aeroespacial, simuladores, drones, sistemas de comando, controle e combate, proteção balística pessoal, produtos para blindagem, munições, armas não letais, abrigos temporários, engenharia naval, foguetes, bloqueadores de telefonia celular e logística militar.

As representantes brasileiras foram: A.S. Avionics Service, Akaer Engenharia, Altave, Atech, BCA, CBC, Cecil, Condor, Domus, Emgepron, Fly Sistemas, Gespi, IACIT, Índios Pirotecnia, M&K, Safety Wall, Smart Power, and Taurus.

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