Rock in Rio e carros blindados

Certamente para quem é fã de Rock and Roll, o Rock in Rio é um evento imperdível. O problema é que, atualmente, todos sabemos o quanto a violência está aumentando em praticamente todo o pais, mais especialmente na cidade do Rio de Janeiro, atração turística conhecida em todo o mundo pela sua beleza e por ser também a cidade onde o festival teve início ainda no ano de 1985.

O festival esse ano acontece entre os dias 15 e 24 de setembro e a cidade, como era de se esperar, está lotada de turistas do Brasil e de fora que, não querendo perder nenhum show, mas sabendo do perigo real que correm por causa dos assaltos constantes em plana luz do dia, seja nas ruas, seja nas praias, e também do risco de serem atingidos por uma bala perdida, optaram pela locação de carros blindados como meio de garantir a segurança.

De acordo com Raquel Colombo Assai, que trabalha numa locadora de veículos blindados, apenas até o último mês de agosto, o segmento já registrou 15% mais clientes que todo o ano de 2016. De acordo com ela, até março de 2017, as locações mensais chegavam até 70 veículos, aumentaram gradativamente e hoje chegam a mais de 100. “Temos, entre nossos clientes, várias famílias de São Paulo. Pelo menos 15 alugaram carros blindados para ir ao Rock in Rio. Boa parte está optando por minivans”, contou Raquel.

Embora os números estejam crescendo, os preços de aluguel, com diárias que variam entre R$850 e R$5 mil, ainda continuam sendo para poucos bolsos. Uma agência destinada apenas a turistas estrangeiros (a maior parte dos Estados Unidos e da Inglaterra), a Eco at Rio, revelou que apenas no último fim de semana ocorreram nove pedidos de aluguel.

Segundo Wagner Matheus, dono da agência, os clientes estrangeiros que alugam blindados, costumam gastar em torno de R$5 mil por dia e mais R$400 por hora caso optem pela contratação de guias turísticos.

Não podemos deixar de registrar que uma boa parte da clientela de carros blindados do Rio, acaba procurado por esse serviço em São Paulo. Isso acontece porque boa parte das empresas cariocas desse setor faz apenas serviços de assistência. Como o trabalho de blindagem de nível III-A é muito minucioso, exige um nível alto de capacitação e a crise econômica no Estado fez com que os investimentos na área fossem reduzidos.

Fonte: O Globo

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