Em torno de R$2,5 milhões foi o investimento com veículos blindados apenas do estado da Paraíba no ano de 2016, correspondentes a blindagem de 51 veículos, de acordo com o Sistema de Controle de Automóveis Blindados do Exército Brasileiro. É interessante ressaltar que na Paraíba ainda não existem empresas especializadas nesse tipo de serviço e, por isso, os interessados recorrem a empresas do Ceará ou de Pernambuco.
Em todo o Brasil foi contabilizado um crescimento de 60% em dois anos, com 18.865 blindagens em 2016, sendo 12.097 no estado de São Paulo. Como todos já sabemos, o aumento da violência urbana em consequência da falta de políticas públicas suficientemente capazes de previni-la ou combate-la, são a principal motivação para quem investe em segurança particular.
De acordo com empresário paulista Pablo Marcelo, que já possui três veículos blindados, a opção por esse tipo de proteção foi inevitável após ser surpreendido por um bandido no ano de 2015. “Estava saindo de um restaurante e um bandido apontou uma arma para mim pelo vidro do carro. Desde então, resolvi seguir o conselho dos meus amigos e investi na blindagem”.
Pablo não se arrepende nem um pouco com o investimento em torno de R$180 mil na proteção dos três veículos. Possui tanta confiança nos veículos blindados que mesmo que não tenha sofrido nenhum outro tipo de ataque de lá para cá, não abre mão dos blindados. Segundo ele, “Quando preciso deixar meu carro blindado na oficina e usar um comum, por exemplo, não me sinto seguro. Não dá para ficar sem blindagem”.
De acordo com a Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), o Brasil é o lidera a frota mundial de blindados com 160 mil veículos pertencentes a civis.
A blindagem de um veículo pode custar entre R$50 e R$80 mil, preço que varia de acordo com o veículo (modelos SUV são mais caros que os Sedans) e o tipo de proteção a ser utilizada. Como a sensação de insegurança e, claro, a necessidade de preservação da vida muitas vezes acabam por sobrepor esses valores, de acordo com o designer automotivo e especialista em segurança, Glauco Splendore, o segmento deve crescer por volta de 15% em 2017.