Mesmo com base em dados da indústria de automóveis que afirmam que pneus calibrados podem oferecer uma economia de até 20% no consumo de combustível, a maioria das pessoas só lembra que eles existem quando estes estão furados. A preocupação com as margens de lucro mais pressionadas pela alta competitividade do setor e a criação de alternativas mais rentáveis, fizeram com que a Americana Goodyear começasse a desenvolver um pneu capaz de se auto calibrar.

A ideia, ainda em fase de testes, está sustentada no uso de uma câmara de ar oculta e um sistema de válvulas que pode ajustar automaticamente a calibragem. De acordo com James Euchner, vice-presidente de inovação da Goodyear, a fabricante não quer ver seus clientes pensando em pneus, e completa dizendo que “é assim que vamos nos diferenciar da concorrência, em um mercado cada vez mais competitivo”.

Outra ideia inovadora da multinacional e também em fase de testes é a vendas de pneus por assinatura. Através dele, o cliente pagaria uma taxa mensal para ter direito aos pneus e a manutenção, ao invés de comprar um jogo quando houvesse a necessidade.

A estratégia de crescer em mercados onde sua marca e diferenciais de qualidade sejam reconhecidos parece estar funcionando. O lucro líquido da empresa triplicou em 2013, saindo de US$237 milhões para U$$ 675 milhões, mesmo com uma queda de 7% nas vendas. Para o Brasil, país que atualmente abriga a maior frota de blindados do mundo (120 mil veículos), a novidade fica por conta de um pneu específico para carros blindados que é capaz de rodar uma distância de até 80km a 80km/h, mesmo depois de ser atingido por tiros.

Todas as preocupações e investimento em pesquisas por parte da Goodyer tem justificativa. Com de 17%, ela é a segunda em participação no mercado, atrás apenas da Italiana Pirelli que tem 25%. Outra concorrente é a Dunlop, do grupo japonês Sumitomo, cujo número de fábricas no Brasil já chegou a 20, sendo a última instalada em outubro último na região metropolitana de Curitiba.