Essa é uma história muito curiosa. O primeiro carro blindado de um presidente norte-americano foi um Lincoln produzido pela Ford Motor Company em 1939. Porém, antes do “Sunshine Especial” (foi assim que o Lincoln ficou conhecido), a história relata que logo após o ataque surpresa à base americana de Pearl Harbor, no Havaí, em dezembro de 1941 pela Marinha Imperial do Japão, o Serviço Secreto dos Estados Unidos começou a se preocupar mais com a segurança do presidente.
Já no dia seguinte, mesmo tendo assinado a declaração de guerra contra as potências do eixo e convocado todo o parque industrial do país para um esforço de produção de equipamentos bélicos, ainda assim faltava ao presidente Franklin D. Roosevelt um carro blindado.
Mesmo que em tempo de guerra fosse sempre possível um atentado à vida do Chefe de Estado, a verba do governo era de, no máximo, 11 mil dólares para aquisição de qualquer automóvel e com esse valor não seria possível comprar um carro blindado.
Foi então que um agente que estava encarregado de proteger o presidente, soube de um carro blindado apreendido pelo Departamento do Tesouro. Ele era um dos carros do gangster Al Capone, apreendido em Chicago após a sua condenação por evasão fiscal em 1931. Esse veículo era um Cadilac todo equipado com placas de proteção por trás das portas, seus vidros possuíam mais de uma polegada em espessura e eram, obviamente, a prova de balas.
Fora isso, acredita-se que este foi o primeiro carro civil que tinha rádio receptor integrado com banda de transmissão das autoridades policiais. Foi numa noite de 7 de dezembro que o carro foi preparado para ser usado pelo presidente para deslocamento público. No dia 8 de dezembro ele seguiu rumo ao Capitólio Roosevelt e, assim que soube do caso, brincou dizendo que o Senhor Capone não iria se importar com o pequeno empréstimo. O presidente Roosevelt usou o Cadilac até 1942.