Mesmo sem saber exatamente por qual motivo, mas a cadete da força aérea americana, Hayley Weir, de apenas 21 anos, teve a ideia de criar dentro de um laboratório de química um novo material a prova de balas. O passo inicial para a produção do tal material foi o de levar a ideia até o professor assistente da Academia da Força Aérea, Ryan Burke, que embora inicialmente tenha confessado o seu ceticismo em relação ao projeto, fez o trabalho avançar.
O plano inicial de Weir era o de combinar tecido anti balístico com o que ela chamou de “fluido engrossante”, a fim de criar um material mais leve que pudesse ser usado nos uniformes dos soldados. Para tentar demonstrar ao professor o que ele estava pensando exatamente, Weir misturou água com amido de milho, criando assim uma substância com as características desejadas para o seu “produto final”. Ela pediu ao professor que colocasse um dedo lentamente dentro da mistura e com outro dedo tentasse penetrar a mistura com velocidade a fim de verificar como o líquido se comportava nas duas situações. O dedo inserido vagarosamente penetrava a mistura e ficava “preso” na mesma, enquanto que o outro dedo esbarrava na solução e voltava como se estivesse atingindo uma espécie de campo de força. Você pode conferir essa demonstração no vídeo (em inglês) ao final desse artigo.
É claro que o novo material não é feito de amido de milho, mas sim da combinação de diversos ingredientes anteriormente já pesquisados como possíveis componentes de materiais a prova de bala. O trabalho foi conduzido dentro de um pequeno laboratório da Força Aérea, durou vários meses e teve a ajuda do Professor Doutor Jeff Owens, químico pesquisador senior do Centro de Engenharia Civil da Força Aérea com base no estado da Flórida.
Após meses de trabalho, chegaram a uma fórmula que foi testada pelo próprio Ryan usando uma Magnum .44. No momento do teste ele chegou a dizer para Weir sem rodeios: “Isso não vai funcionar…”. Para a surpresa e alegria de ambos, o material conseguiu deter 3 disparos seguidos e então os pesquisadores entenderam que haviam criado algo especial que pode ser usado não somente nos uniformes dos oficiais, mas também nas aeronaves, tanques e outros veículos.
Pelos cálculos de Weir e Ryan, o novo material será capaz de reduzir em dois terços o peso dos uniformes atuais e permitir que os soldados se movam com mais velocidade, corram maiores distâncias e saltem mais alto.
Como resultado do trabalho, Weir foi contemplada com uma bolsa de estudos para a Clemson University, onde cursará o Mestrado em Engenharia de Materiais.
Fonte: http://www.foxnews.com/us/2017/06/02/air-force-cadet-creates-bulletproof-breakthrough.html