Às vésperas de sediar, pela segunda vez na história, uma Copa do Mundo de futebol, o Brasil traz para casa outro título (dessa vez um do qual, infelizmente, não devemos nos orgulhar porque traz consigo, paralelamente, os números da violência e do medo…) recebido na virada do ano de 2013 para o de 2014: o de país com a maior frota de veículos blindados de todo o mundo, superando inclusive o Oriente Médio.
Estima-se que o número fique ao redor da casa de 120 mil unidades que fizeram uso do serviço. Se comparado ao ano de 2003, o país não dispunha de uma frota maior do que 22 mil veículos blindados. Entenda que, comparativamente, tivemos um estrondoso salto de 445% em um período de dez anos.
E ninguém melhor para fornecer esses números do que a Abrablin (Associação Brasileira de Blindagem), que foi a responsável em divulga-los recentemente.
Em média, a blindagem mais comum no país, que é a de nível III-A e que suporta munições de pistolas, revólveres e submetralhadoras, custa, em média R$ 40 mil. Já a blindagem de nível I, com um valor de R$ 30 mil de instalação, aproximadamente, é responsável por apenas 10% do mercado (uma vez que a blindagem de nível III-A responde aos outros 90%) e é recomendada para resistir às investidas de calibres .22, .32 e .38.
Atualmente, a blindagem mais resistente balística disponível no mercado é a III. Mas, no caso dela, é preciso uma permissão concedida somente pelo Exército para uso, podendo este grau de blindagem oferecer proteção até mesmo contra tiros de fuzis AK-47, FAL e AR-15.