Seja acompanhando os noticiários locais ou os internacionais, a verdade é que quando dizemos informalmente que “o mundo está de cabeça para baixo”, sem nenhuma dúvida estamos dizendo alguma mentira. Basta citar os últimos ataques terroristas em países europeus como França, Espanha, Bélgica e Alemanha, a guerra civil que toma conta da Síria desde 2011 e o clima de tensão constante entre os Estados Unidos e a Coréia do Norte.
Por conta disso, ao invés de aumentarmos a nossa esperança em relação a um mundo mais justo e pacificado, ficamos é assustados porque o que vemos é uma verdadeira corrida armamentista, seja ela individual ou coletiva (nos países como um todo). Esse é o caso dos Estados Unidos. País rico e de forte cultura intervencionista, não perde tempo quando o assunto é pesquisa e tecnologia e nenhuma área fica de fora, principalmente as forças armadas.
Os blindados inteligentes sobre os quais falaremos agora, nada mais são do que a próxima geração de tanques de guerra norte-americanos. Com a promessa de serem apresentados até 2035 em substituição aos atuais Bradley Infantry Fighting e o Abrams, a ideia é que esses veículos sejam equipados com sistemas de condução inteligente, sensores e algoritmos capazes de detectar ameaças à distância.
Segundo Gene Klager, pesquisador do exército Americano, nos tanques atuais, “o comandante e o condutor têm as suas cabeças fora da escotilha usando os seus próprios sentidos para realizar as manobras de combate, os soldados são vulneráveis aos atiradores e [dispositivos explosivos improvisados], e há desafios em como ver tudo em redor do veículo“. A ideia de utilização de sensores, por exemplo, é justamente minimizar a exposição dos soldados no campo de combate.
O projeto é bem ambicioso, uma vez que os pesquisadores planejam que o veículo seja capaz de ver as ameaças tanto tanto no solo, quanto no ar, tais como helicópteros e drones.
Ainda segundo Klager “Os sensores vão ajudar a garantir às tropas no tanque a visão do que se passa na parte exterior e dobrar o sistema de deteção de fogo hostil, o que possibilita ao tanque aniquilar as ameaças. Claro que há algumas questões a resolver, como a de dar ao veículo a possibilidade de atirar”.
A grande preocupação em relação aos sistemas de detecção está no fato de eles virem a identificar “falsas ameaças”, como um flash de luz a distância que pode ser interpretado como um inimigo atirando ou, simplesmente, como um reflexo do sol. Como a previsão de entrega e uso desses novos veículos é apenas 2035, até lá, certamente essas questões serão resolvidas.
Fonte: Sputinik Brasil