Os últimos números sobre a quantidade de veículos blindados no Brasil divulgados pela Abrablin (Associação Brasileira de Blindagem) são de 2014 e apontaram um total de quase 12.000 veículos, o que representou um crescimento de 15,5% em comparação com 2013.
Certamente em 2015 e 2016, por conta dos altos índices de violência registrados em todo o país, esses números continuaram crescendo e atualmente o serviço de blindagem começa a ser expandido para os caminhões, principalmente para empresas que possuem frotas desse tipo de veículo.
Recentemente a Esquadra, empresa de transporte de valores e segurança, recebeu da tradicional mondadora de caminhões Scania, três unidades do modelo semipesado P 250 8×2, projetado para o transporte de itens de alto valor, tais como: eletrônicos, medicamentos, obras de arte, jóias e dinheiro.
Além da blindagem de nível III – tanto na cabine quanto no baú – que é capaz de suportar tiros de fuzis de calibre 7,62mm (como o AK47 e o FAL), o modelo que tem capacidade para 14 toneladas e volume de 44 metros cúbicos, possui fechadura randômica, sirenes, sistema de videomonitoramento, plataforma traseira elevatória, duplo sistema de rastreamento e fechaduras eletrônicas em todas as portas.
Para que possa suportar o peso da blindagem e dos equipamentos, P 250 tem uma estrutura mecânica inteiramente reforçada, potência de 250 cavalos e, o mais importante em veículos pesados, torque de 117,2 mkgf.
Segundo a NTC&Logística (Associação Nacional de Transportes de Cargas e Logística), os prejuízos registrados com o roubo de cargas no Brasil são da ordem de R$1 bilhão anuais. Desse jeito, assim como acontece com os veículos de passeio, os números dos caminhões-forte, que é como já são conhecidos os caminhões blindados, só disparam.
A Scania, que começou a atuar nesse segmento apenas a partir dezembro de 2015, já registrou vendas de três lotes dos P 250 8×2, mesmo com estes custando em torno de R$600 mil cada.