Mesmo embora no Brasil os primeiros blindados eram carros usados para o transporte de valores, pertencentes a empresa Brinks e feitos pela Massari, mesma empresa que nos anos 80 criou a Massari Armour, segmento dessa vez voltado para a blindagem de carros de passeio, a história da blindagem data de muito tempo atrás.
Tudo começou lá pelo ano 2 mil antes de Cristo, quando os chineses passaram a usar chapas de metal em seus navios de guerra, a fim de proteger os soldados das flechas inimigas. Muitos anos depois, em 1935, dessa vez no Japão, deu-se o início de uma nova fase da história da blindagem quando o imperador Hirohito elegeu uma limusine 770 (W07) “Grand Mercedes” blindada, como o seu veículo pessoal. Esse modelo de limusine foi na verdade o sucessor do primeiro veículo com blindagem instalada de fábrica, o Nurburg 460, de 1928.
A limusine de Hirohito ainda pode ser vista no museu da Mercedes-Bens em Unterturkheim, Stuttgart, Alemanha. Sem nenhuma intenção, a escolha de Hirohito acabou influenciando outros líderes (chefes de estado e políticos em geral) em terem seus próprios blindados, o que acabou ajudando a tornar a Mercedes-Benz uma marca bastante respeitada quando o assunto era a blindagem de alta qualidade.
A Mercedes continua se destacando quando o assunto é carro blindado e ano passado o modelo apresentando foi o Maybach S 600 Pullman que com o preço em torno de R$1,85 milhão, geralmente é adquirido por chefes de estado ou empresários mais abastados de todos os segmentos. Além dele, modelos como o E-Guard, G-Guard, S-Guard e o s 600 Pullman Guard, possuem sua fatia no mercado por causa dos diferentes níveis de proteção que oferecem.
Dos Estados Unidos, em relação ao uso de carros blindados, podemos contar no mínimo uma história bem curiosa quando em 8 de dezembro de 1941, o presidente Franklin Roosevelt foi até o congresso para declarar guerra aos países do eixo usando o Cadillac 1931 blindado de ninguém mais ninguém menos que o famoso gângster Al Capone que havia sido preso por evasão fiscal. Tratava-se de um modelo com mais de 1300kg de aço balístico.
Para finalizar vamos voltar um pouco mais ao Brasil para dizer que na década de 90, além da Massari, mais três empresas pareceram no mercado de blindados. São elas: Inbra, G5 e a americana O’Gara. Nessa época a produção era de menos de 30 carros mensais. Em 1996, quando a O’gara mostrou ao público os seus blindados no Salão do Automóvel, o mercado de blindados se aqueceu e desde 1999 o registro desse tipo de veículo é controlado pelo Exército Brasileiro.